terça-feira, 13 de novembro de 2012

PRÉ MODERNISMO


Lavrador de café, Portinari























Pré-Modernismo foi um período de transição literária entre as escolas anteriores . Ele serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Parnasianismo, Simbolismo, Realismo e Naturalismo.
Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo.
As  obras trazem novidades, os autores buscam romper com o passado tanto na forma quanto na linguagem inovadoras, tem trazendo termos antes impensáveis, em literatura “séria” (cuspe, vômito). O pré-modernismo denuncia a realidade brasileira – especialmente do interior e dos subúrbios das grandes cidades – contrastando o progresso e o atraso.

CONTEXTO
            Avanço científico e tecnológico no início do século XX: popularização de tecnologias como  o telefone, a lâmpada elétrica, o automóvel e o telégrafo – e também o cinema! – que passam a influenciara vida das pessoas.
Não possui um grande número de representantes, mas conta com nomes de imenso valor para a literatura brasileira que formaram a base dessa fase.
O pré-modernismo, também conhecido como período sincrético. Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo.

Europa:
É em meio a tanto progresso que a 1ª Guerra Mundial eclode. Em meio a tantos acontecimentos, havia muito que se dizer, e por isso, a literatura é vasta nos primeiros anos do século XX. Logo, os estilos literários vão desde os poetas parnasianos e simbolistas (que ainda produziam) até os que se concentravam na política e nas peculiaridades de sua região.

Brasil:
·         Início da "República do café-com-leite", dos grandes proprietários rurais, em substituição a "República da Espada" (governos do marechal Deodoro e do marechal Floriano).
·         Ápice da economia cafeeira no Sudeste;
·         Movimento de entrada de grandes levas de imigrantes (os italianos)
·         Ápice do ciclo da borracha na Amazônia
·         Surto de urbanização de São Paulo.
·         Evidenciação dos contrastes da realidade brasileira:
o   Revolta de Canudos,
o   tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.
o   Revolta da Vacina – que na verdade, tratava-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República
o   Revolta de Chibata – marinheiros  liderados por João Cândido, o "almirante negro", contra o castigo corporal
o   Movimentos grevistas em São Paulo – as classes trabalhadoras sob a orientação anarquista, reivindicam e lutam por  melhores condições de trabalho.

CARACTERÍSTICAS
  •  Regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro:
    •  Norte e Nordeste com Euclides da Cunha;
    •  Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato;
    •  Espírito do Santo com Graça Aranha;
    •  subúrbio carioca com Lima Barreto;
  • Tipos humanos marginalizados:
    • o sertanejo nordestino,
    •  o caipira,
    • os funcionários públicos,
    • os mulatos.
·         Ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção.


AUTORES   e obras de maior
·         Afonso Arinos (1868-1916) - mineiro, seu principal livro é a coletânea de contos Pelo sertão(1898).
 
·         Monteiro Lobato (1882-1948) - três livros de contos (Urupês, 1918, Cidades mortas, 1919, eNegrinha, 1920) centralizam sua narrativa em parte regionalista, cuja visão pessimista do interior de São Paulo se concentra no caipira ignorante, o famoso Jeca Tatu.

No romance,:
·         Graça Aranha, cujo romance Canaã (1912) é sua melhor produção, ainda que irregular; e
 
·         Lima Barreto, que se notabilizará por retratar os dramas humildes, as tragédias da baixa classe média e dos pequenos funcionários públicos, tendo como cenário os subúrbios cariocas. Sua obra principal é O triste fim de Policarpo Quaresma (1915).

Ensaísmo com raízes nacionais
·         Mas há um terceiro grupo de escritores que foi crucial para introduzir no país uma visão cultural moderna. Ele é formado por ensaístas, cronistas e críticos que se voltaram às questões internas do país, em diferentes aspectos, tentando encontrar soluções que não fossem meras cópias das experiências europeias. São eles:
 
·         Euclides da Cunha - seu Os sertões (1902) é obra dramática, realmente portentosa, verdadeiro libelo social. Em suas coletâneas de ensaios, Euclides revela-se um pensador liberal, democrático e progressista.
 
·         Alberto Torres - pensador da área jurídica, juiz do Supremo Tribunal, propôs uma reforma política que limitasse os poderes do presidencialismo. Foi um reformista preocupado com a realidade social do país. Merece atenção a sua obra O problema nacional brasileiro (1914).
 
·         Oliveira Viana - foi o primeiro estudioso a aplicar à história brasileira cânones sociológicos. Compôs estudos notáveis sobre a formação da etnia brasileira. Seu Populações meridionais do Brasil (1920) é obra clássica no gênero.
 
·         Monteiro Lobato - nacionalista polêmico, renovador da indústria editorial brasileira, fundador da nossa literatura infantil, seu nome está ligado a grandes campanhas nacionais, na quais batalhou pela saúde pública e pela exploração das reservas ferríferas e petrolíferas em solo nacional.
 
·         João Ribeiro - filólogo de grande cultura (clássica e moderna), formulou, pela primeira vez na linguística brasileira, o conceito de "língua nacional".
 
·         Farias Brito - filósofo de linha espiritualista, sofreu influência de Spinoza. Coloca ênfase na moralidade como "função prática" de toda filosofia e base de todo direito.
 
·         Antônio dos Santos Torres - colaborou ativamente na imprensa carioca. Polemista, grande prosador, perseguia nos fatos cotidianos as contradições e fragilidades da sociedade. Antilusitano sistemático.
 
·         Carlos de Laet - polemista de intensa colaboração na imprensa. Monarquista e católico fervoroso. Combateu o protestantismo e a república. Em uma de suas famosas polêmicas, manteve acesa discussão com Camilo Castelo Branco a propósito do "dialeto brasileiro".
 
·         Jackson de Figueiredo - convertido ao catolicismo em 1919, torna-se polemista na imprensa, além de fundar a revista A Ordem (1921) e o Centro Dom Vital (1922). Humanista, é dos grandes prosadores brasileiros do início do século 20.
 
·         Nestor Vítor - editor, poeta, ficcionista e ensaísta, também escreveu literatura de viagens e produziu crítica literária. Estudioso do Simbolismo brasileiro, preparou as obras completas de Cruz e Souza.


OBRAS   MAIS   IMPORTANTES

REFERÊNCAS (e às vezes, adaptações de)
CAMPOS, Elisabeth M., CARDOSO, Paula M., DE ANDRADE, Sílvia L. VIVA PORTUGUÊS- volume 3. Ensino Médio São Paulo: Ática, 2010.
REFERÊNCAS (e às vezes, adaptações de)
CAMPOS, Elisabeth M., CARDOSO, Paula M., DE ANDRADE, Sílvia L. VIVA PORTUGUÊS- volume 2. Ensino Médio São Paulo: Ática, 2010
CEREJA, William R., MAGALHÃES, Thereza C.  PORTUGUÊS: Linguagens – volume 2 . São Paulo:Atual, 2005
 SARMENTO, Leila L. TUFANO, Douglas. PORTUGUÊS Literatura, Gramática, Produção de texto volume 2.  São Paulo: Moderna, 2010.
http://www.progressao.com/arquivos/gilmar38.pdf
http://www.soliteratura.com.br/romantismo/
http://www.suapesquisa.com/romantismo/romantismo.htm
eresa C.  PORTUGUÊS: Linguagens – volume 3 . São Paulo: Atual, 2005.
 SARMENTO, Leila L. TUFANO, Douglas. PORTUGUÊS Literatura, Gramática, Produção de texto volume 3.  São Paulo: Moderna, 2010.
http://www.progressao.com
http://www.soliteratura.com.br
http://www.suapesquisa.com

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