sexta-feira, 4 de novembro de 2011

só pro TEC ENFERMAGEM

MATERIAL PARA RESENHA   (entregar via e.mail até quarta-feira sem falta)
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texto:        
Dê um basta à sinfonia noturna
Há mais ameaças por trás de um ronco do que você sonha. Elencamos os males ligados a ele e as maneiras de silenciá-lo
por Chloé Pinheiro e Diogo Sponchiato
          Os autores desta reportagem escrevem com certo conhecimento de causa: sim, nós roncamos. E nos interessa, portanto, esmiuçar — e compartilhar — descobertas recentes sobre a ligação da barulheira noturna com uma série de problemas. Afinal, o ronco muitas vezes é o sintoma audível de um distúrbio cada vez mais estudado: a apneia do sono. Além da barulheira, ela é marcada por interrupções temporárias na respiração durante a madrugada. Mas eis uma dúvida: afinal, todo mundo que ronca tem apneia? Não, mas com a idade, somada ao sedentarismo e ao ganho de peso, há uma alta probabilidade de a orquestra ser acompanhada pelos engasgos provocados pelo corte no fluxo de oxigênio. "No estado de São Paulo, calcula-se que 33% das pessoas sofrem de apneia", conta o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, do Instituto do Coração de São Paulo, o Incor. E o perigo é que anos de poluição sonora, longe de abalar apenas a saúde de um casamento, podem despertar diversas confusões no organismo. Hora de conhecê-las e entender por que é preciso parar de roncar.

10 bons motivos para deixar de roncar

1. Tumores agressivos
Quando os roncos são acompanhados de pequenas paradas no fornecimento de oxigênio, o organismo se torna sede de uma grande bagunça. Nesse cenário, um câncer pode aproveitar para crescer e se espalhar mais facilmente. É o que acabam de revelar pesquisadores da universidade de Barcelona, na Espanha. eles comprovaram, em ratos, que a apneia do sono acelera a expansão do tumor. "As quedas recorrentes nos níveis de oxigênio contribuem para a formação de vasos que alimentam o câncer, o que favorece seu desenvolvimento e o torna mais agressivo", explica Isaac Almendros, especialista em medicina do sono e responsável pela experiência.

2. Alzheimer
A doença que compromete a memória e outras funções cognitivas teria na apneia do sono mais um cúmplice, aponta uma investigação da universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com americanas acima de 65 anos. Ao que tudo indica, a privação de oxigênio imposta ao cérebro minguaria o aporte de combustível aos neurônios, que ficariam mais frágeis e suscetíveis aos danos desse mal degenerativo. "Ainda não podemos acusar a apneia isoladamente de ser um fator de risco para o Alzheimer, mas sabemos que ela anda associada à obesidade e ao avançar da idade, condições que abrem caminho ao problema", diz a neurologista Dalva Poyares, da universidade Federal de São Paulo.

3. Lapsos de memória
Não é raro que o roncador acorde com uma doce ilusão: ele pensa que dormiu bem. Mas a apneia do sono não repercute apenas sobre a qualidade do descanso do companheiro de cama. No dia a dia, quem faz o barulho vai sentir na pele os efeitos de uma noite nada reparadora. É que a apneia propicia despertares tão breves que não são registrados pela consciência. E isso impede que o indivíduo alcance as fases mais profundas do sono, onde se consolidam as memórias. "Essa interrupção do repouso confunde o sistema nervoso e impede que a pessoa descanse de verdade", afirma Dalva Poyares. Daí, ao longo do dia, o apnéico esquece por que abriu a geladeira, onde guardou a chave, qual o celular do cônjuge...

4. Hipertensão
A orquestra noturna — que tem público seleto — coloca o corpo do seu maestro em estado de tensão. E, com o tempo, a sonata pode ser saudada por um mal silencioso: a pressão alta. Duas hipóteses buscam elucidar o elo entre os roncos e a hipertensão. Eis a primeira: "A apneia ativa o sistema nervoso simpático, que ordena a liberação de adrenalina. Essa descarga promove um estreitamento dos vasos", diz o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, do incor. a segunda suspeita recai sobre os cortes no fluxo de oxigênio, que induziriam inflamação no sistema circulatório, dificultando a passagem do sangue. Uma pesquisa do incor revela que o tratamento da apneia com o CPaP, aparelho que regulariza a respiração à noite, poderia ajudar pré-hipertensos a não desenvolver a doença propriamente dita. Em outro estudo, lorenzi e equipe provaram que o CPaP aumenta as chances de controle da pressão alta que resiste a baixar com remédios

5. Arritmia
Lembra aquela história de que a apneia do sono aciona o sistema nervoso simpático e deixa o corpo sob estresse permanente? Pois bem, além de patrocinar a hipertensão, esse descompasso costuma acelerar a frequência cardíaca. Mais: no afã de recuperar o oxigênio perdido — aquele típico engasgo —, uma maior quantidade de sangue pode ser escoada até o coração. Se ocorre repetidas vezes, esse fenômeno altera sua anatomia e desgoverna ainda mais os batimentos. Em algumas pessoas predispostas, a quebra nessa cadência se perpetua, gerando uma arritmia, condição nada bem-vinda que, além de piripaques potencialmente fatais, favorece derrames.

6. Baixos níveis de testosterona
Um alerta aos homens: quem ronca para valer e sofre, sem se dar conta, alguns engasgos durante o sono corre maior risco de encarar a impotência sexual. um estudo da Faculdade de Medicina de São José do rio Preto, no interior paulista, revela uma íntima associação entre a apneia do sono e baixos níveis de testosterona, o hormônio masculino. "avaliamos homens com sobrepeso e uma obesidade mais branda para não haver interferência dos quilos a mais nos resultados", conta a professora de anatomia vânia Piatto, uma das autoras. "Nos dois grupos, notamos níveis do hormônio mais baixos entre os apneicos", completa. uma das razões para essa queda está nos cortes no fluxo respiratório, capazes de interferir em um mecanismo cerebral que comanda a conversão da testosterona em sua versão atuante. "assim, caem as taxas da molécula no sangue e ela não funciona tão bem", resume vânia.

7. Infarto e AVC
Quem não se cuida tem um destino perigoso: à medida que os anos correm, engorda e passa a roncar. Com o peso, vem a apneia e, junto com ela, pressão alta e diabete. Não é por menos que especialistas defendem a inclusão desse distúrbio na coleção de desordens conhecida como síndrome metabólica — que ainda engloba colesterol alto, abdômen avantajado... digamos que os roncos e o sono entrecortado compõem mais um ingrediente na receita que culmina em entupimentos de artéria, a base de um infarto ou um acidente vascular cerebral. o problema estorva o controle da pressão e do açúcar no sangue, além de convidar o indivíduo a persistir no sofá. eis o cenário ideal para um ataque cardíaco ou um derrame. embora a ala masculina seja o alvo preferencial da apneia, as mulheres não podem baixar a guarda, uma vez que tendem a ganhar barriga e perder sua proteção cardiovascular natural após a menopausa.

8. Hipotireoidismo
De olho na ligação entre a apneia e os hormônios, pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto também analisaram a prevalência de hipotireoidismo em mulheres com sintomas típicos desse distúrbio do sono. Eles constataram, então, que os níveis do hormônio produzido pela tireoide eram mais baixos entre aquelas que se queixavam de sonolência diurna, por exemplo. "No entanto, quando as voluntárias faziam a reposição hormonal, emagreciam, deixavam de ter apneia e se sentiam mais dispostas", conta Vânia Piatto. Ou seja, os roncos e o marasmo durante o dia, unidos ao aumento da circunferência da cintura, podem esconder uma disfunção da tireoide.

9. Diabete
A cacofonia na calada da noite é famosa por dificultar o controle do açúcar no sangue. É que o fluxo respiratório defeituoso eleva a concentração de glicose, tornando-se mais uma pedra no caminho de quem tem diabete ou está prestes a desenvolvê-lo. Em busca de uma resposta para esse elo, o médico do sono Denis Martinez, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, verificou em ratos que a respiração irregular típica da apneia catapulta a concentração de radicais livres circulantes. "Essas moléculas podem lesar células do pâncreas, prejudicando a produção da insulina, hormônio que permite à glicose entrar na célula", explica Martinez. Apesar de a obesidade estar de braços dados com o diabete e a apneia, pessoas esguias também precisam ficar atentas. "Nosso experimento foi realizado com ratos magros", reforça Martinez. De qualquer forma, quanto mais gordura houver no pedaço, maior o risco de o açúcar decolar.

10. Acidentes
"A apneia é uma das principais causas de sonolência excessiva durante o dia, uma vez que o sono fica fragmentado", afirma Dalva Poyares. Em poucas palavras, o indivíduo não descansa a contento e pode dar aqueles cochilos involuntários em situações que demandam muita atenção. Vai um exemplo: no meio do trânsito. Quando a apneia não está controlada, o sujeito fica mais vulnerável a se envolver em acidentes. O mesmo pode ocorrer dentro do ambiente de trabalho, quando um funcionário dorme operando uma máquina ou, então, passa vergonha no meio da reunião. Leseira além da conta exige uma visita ao médico. Além de constantemente exausto, o apneico fica mais distraído e irritado.


RESUMO

                        

  Em geral um bom resumo deve ser:
Ø  Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários
Ø  Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto
Ø  Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas.
Ø  O texto do resumo deve ser compreensível.

PRIMEIRO: compreender o texto
Identificar as ideias principais:  as que sejam  indispensáveis – essenciais – à compreensão do enunciado.
Identificar as ideias acessórias: Dispensáveis – periféricas – à compreensão do enunciado.
Identificar as ideias centrais, ou seja, resumir, sintetizar,  as ideias principais.

PROCEDIMENTOS
1 – Enumere sucessivamente todos os parágrafos, independentemente de títulos e subtítulos do texto (1, 2, 3, 4, 5...).
2Extraia de cada parágrafo:
a) as ideias principais
b) as ideias acessórias
3 – Descarte as ideias acessórias.
  SÓ  DEPOIS
4.   Agrupe as ideias centrais, retirando-as da apresentação em tópicos, e transforme-as num texto único, de sentido completo. Este texto, formado com as ideias centrais (do autor do texto), é o Resumo informativo ou analítico.



Técnicas para resumir
Ø  Apagamento  consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias.  Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles.
Ex.: O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
                            O jardineiro trabalhava bem
Ø   Generalização: é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado.
Ex.: Pedro comeu picanhacostelaalcatra e coração no almoço.
                              Pedro comeu carne no almoço
Ø  Construção: Consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado.
Ex.:         Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno.
                                                          Maria fez um bolo.

O RESUMO:
       É um texto que explicita de forma clara uma compreensão global do texto lido;
       Deve ser um texto autônomo, que recupera de forma concisa, o conteúdo  do texto lido;
       Espécie de equivalência informativa que conserva ou não a organização do  texto original.

REFERÊNCIAS:
MACHADO, Anna Rachel (coord.), LOUSADA, Eliane e ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resumos.
S. Paulo: Parábola, 2004




PROJETO DE PESQUISA


O material a seguir é adaptação de texto da ETEC Dr. Geraldo José Rodrigues Alckmin e está  disponível em: etectaubate.com.br/wp-content/uploads/2011/09/Modelo-pre-projeto-1.doc
Para ter uma ideia geral, comecemos pelas partes de um projeto de pesquisa:
                    
1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO 
2. JUSTIFICATIVA 
3. OBJETIVOS 
3.1 GERAL 
3.2 ESPECÍFICOS 
4. METODOLOGIA DA PESQUISA 
5. CRONOGRAMA 
REFERÊNCIAS 


Vejamos o que é cada parte:
1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO
Introdução é a apresentação rápida do assunto abordado e seu mérito. É uma seção na qual se aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta vender-lhe o projeto. É adequado terminar com a formulação do problema, sob a forma de pergunta.
Problematização é a transformação de uma necessidade humana em problema. Segundo Popper (1975), toda discussão científica deve surgir com base em um problema ao qual se deve oferecer uma solução provisória a que se deve criticar, de modo a eliminar o erro. É uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa.
Todos os tópicos devem ser elaborados dentro das Normas da ABNT, que serão apresentadas no decorrer do desenvolvimento do TCC.



3. OBJETIVOS
Refere-se a indicação do que é pretendido com a realização do estudo ou pesquisa e quais os resultados que se pretende alcançar. Define o que se quer fazer na pesquisa. Os objetivos devem ser redigidos com verbos no infinitivo, exemplo: caracterizar, identificar, compreender, analisar, verificar.
3.1 GERAL 
Procura dar uma visão global e abrangente do tema, definindo de modo amplo, o que se pretende alcançar. Quando alcançado dá a resposta ao problema.
3.2 ESPECÍFICOS
Tem função intermediária e instrumental, ou seja, tratam dos aspectos concretos que serão abordados na pesquisa e que irão contribuir para se atingir o objetivo geral. É com base nos objetivos específicos que o pesquisador irá orientar o levantamento de dados e informações.


CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM...

RESENHA


 O texto  a seguir foi adaptado de material da PUCRS e está disponível em: http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php.
                                   
                       Como elaborar uma resenha
 Definições

Resenha-resumo:
    É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.
   .
Resenha-crítica:
     É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.
  
Quem é o resenhista
     A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.

 Objetivo da resenha
     O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.
Veiculação da resenha
     A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.
Extensão da resenha
     A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.
 O que deve constar numa resenha
Devem constar:
  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica

O título da resenha
     O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:

Título da resenha: Astro e vilão
Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995

Título da resenha: Com os olhos abertos
Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995
Título da resenha: Estadista de mitra
Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996

A referência bibliográfica do objeto resenhado
     Constam da referência bibliográfica:
  • Nome do autor
  • Título da obra
  • Nome da editora
  • Data da publicação
  • Lugar da publicação
  • Número de páginas
  • Preço
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço.
Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa.
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995).


O resumo do objeto resenhado
     O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
     Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou ideias do objeto resenhado.
     Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton.

     "Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".
     O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística;o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante".

10. Como se inicia uma resenha
     Pode-se começar uma resenha citando-se imediatamente a obra a ser resenhada. Veja os exemplos:




     "Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (L&PM, 1995, 112 páginas), do gramático Celso Pedro Luft, traz um conjunto de idéias que subvertem a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veementemente, o ensino da gramática em sala de aula.



     Mais um exemplo:



     "Michael Jackson: uma Bibliografia Não Autorizada (Record: tradução de Alves Calado; 540 páginas, 29,90 reais), que chega às livrarias nesta semana, é o melhor perfil de astro mais popular do mundo". (Veja, 4 de outubro, 1995).



     Outra maneira bastante frequente de iniciar uma resenha é escrever um ou dois parágrafos relacionados com o conteúdo da obra.

     Observe o exemplo da resenha sobre o livro "História dos Jovens" (Giovanni Levi e Jean-Claude Schmitt), escrita por Hilário Franco Júnior (Folha de São Paulo, 12 de julho, 1996).



O que é ser jovem

Hilário Franco Júnior

     Há poucas semanas, gerou polêmica a decisão do Supremo Tribunal Federal que inocentava um acusado de manter relações sexuais com uma menor de 12 anos. A argumentação do magistrado, apoiada por parte da opinião pública, foi que "hoje em dia não há menina de 12 anos, mas mulher de 12 anos".

     Outra parcela da sociedade, por sua vez, considerou tal veredito como a aceitação de "novidades imorais de nossa época". Alguns dias depois, as opiniões foram novamente divididas diante da estatística publicada pela Organização Mundial do Trabalho, segundo a qual 73 milhões de menores entre 10 e 14 anos de idade trabalham em todo o mundo. Para alguns isso é uma violência, para outros um fato normal em certos quadros sócio-econômico-culturais.

     Essas e outras discussões muito atuais sobre a população jovem só podem pretender orientar comportamentos e transformar a legislação se contextualizadas, relativizadas. Enfim, se historicizadas. E para isso a "História dos Jovens" - organizada por dois importantes historiadores, o modernista italiano Giovanno Levi, da Universidade de Veneza, e o medievalista francês Jean-Claude Schmitt, da École des Hautes Études em Sciences Sociales - traz elementos interessantes.


A crítica

     A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estr presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram.

     O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso,
agressivo, etc.

Exemplos de resenhas
                                 Estadista de mitra

Na melhor bibliografia de João Paulo II até agora, o jornalista Tad Szulc dá ênfase à atuação política do papa
Ivan Ângelo

     Como será visto na História esse contraditório papa João Paulo II, o único não-italiano nos últimos 456 anos? Um conservador ou um progressista? Bom ou mau pastor do imenso rebanho católico? Sobre um ponto não há dúvida: é um hábil articulador da política internacional. Não resolveu as questões pastorais mais angustiantes da Igreja Católica em nosso tempo - a perda de fiéis, a progressiva falta de sacerdotes, a forma de pôr em prática a opção da igreja pelos pobres -; tornou mais dramáticos os conflitos teológicos com os padres e os fiéis por suas posições inflexíveis sobre o sacerdócio da mulher, o planejamento familiar, o aborto, o sexo seguro, a doutrina social, especialmente a Teologia da Libertação, mas por outro lado, foi uma das figuras-chave na desarticulação do socialismo no Leste Europeu, nos anos 80, a partir da sua atuação na crise da Polônia. É uma voz poderosa contra o racismo, a intolerância, o consumismo e todas as formas autodestrutivas da cultura moderna. Isso fará dele um grande papa?
     O livro do jornalista polonês Tad Szulc João Paulo II - Bibliografia (tradução de Antonio Nogueira Machado, Jamari França e Silvia de Souza Costa; Francisco Alves; 472 páginas; 34 reais) toca em todos esses aspectos com profissionalismo e competência. O autor, um ex-correspondente internacional e redator do The New York Times, viajou com o papa, comeu com ele no Vaticano, entrevistou mais de uma centena de pessoas, levou dois anos para escrever esse catatau em uma máquina manual portátil, datilografando com dois dedos. O livro, bastante atual, acompanha a carreira (não propriamente a vida) do personagem até o fim de janeiro de 1995, ano em que foi publicado. É um livro de correspondente internacional, com o viés da política internacional. Szulc não é literariamente refinado como seus colegas Gay Talese ou Tom Wolfe, usa com freqüência aqueles ganchos e frases de efeito que adornam o estilo jornalístico, porém persegue seu objetivo como um míssil e atinge o alvo.
     Em meio à política, pode-se vislumbrar o homem Karol Wojtyla, teimoso, autoritário, absolutista de discurso democrático, alguém que acha que tem uma missão e não quer dividi-la, que é contra o "moderno" na moral, que prefere perder a transigir, mas é gentil, caloroso, fraterno, alegre, franco ... Szulc, entretanto, só faz o esboço, não pinta o retrato. Temos, então, de aceitar a sua opinião: "É difícil não gostar dele".
     Opus Dei - O livro começa descrevendo a personalidade de João Paulo II, faz um bom resumo da História da Polônia e sua opção pelo Ocidente e pela Igreja Católica Romana (em vez da Ortodoxa Grega, que dominava os vizinhos do Leste), fala da relação mística de Wojtyla com o sofrimento, descreve sus brilhante carreira intelectual e religiosa, volta à sua infância, aos seus tempos de goleiro no time do ginásio ""um mau goleiro", dirá mais tarde um amigo), localiza aí sua simpatia pelos judeus, conta que ele decidiu ser padre em meio ao sofrimento pela morte do pai, destaca a complacência de Pio XII com o nazismo, a ajuda à Opus Dei (a quem depois João Paulo II daria todo o apoio), demora-se demais nos meandros da política do bispo e cardeal Wojtyla, cresce jornalisticamente no capítulo sobre a eleição desse primeiro papa polonês, mostra como ele reorganizou a Igreja, discute suas posições conservadoras sobre a Teologia da Libertação e as comunidades eclesiais de base, CEBs, na América latina, descreve sua decisiva atuação na política do Leste Europeu, a derrocada do comunismo, e termina com sus luta atual contra o demônio pós-comunista. Agora o demônio, o perigo mortal para a humanidade, é o capitalismo selvagem e o "imperialismo contraceptivo" dos EUA e da ONU.
     Szulc, o escritor-míssil, não se desvia do seu alvo nem quando vê um assunto saboroso como a Cúria do Vaticano, que diz estar cheia de puxa-sacos e fofoqueiros com computadores, nos quais contabilizam trocas de favores, agrados, faltas e rumores. O sutil jornalista Gay Talese não perderia um prato desses.
     Entretanto, Szulc está sempre atento às ações políticas do papa. Nota que João Paulo II elevou a Opus Dei à prelatura pessoal enquanto expurgou a Companhia de Jesus por seu apoio à Teologia da Libertação; ajudou a Opus Dei a se estabelecer na Polônia, beatificou rapidamente seu criador, monsenhor Escrivã. Como um militar brasileiro dos anos 60, cassou o direito de ensinar dos padres Küng, Pohier e Curran, silenciou os teólogos Schillebeeckx (belga), Boff (brasileiro), Häring (alemão) e Gutiérrez (peruano), reduziu o espaço pastoral de dom Arns (brasileiro). Em contrapartida, apoiou decididamente o sindicato clandestino polonês, a Solidariedade. Fez dobradinha com o general dirigente polonês Jaruzelski contra Brejnev, abrindo o primeiro país socialista, que abriu o resto. O próprio Gorbachev reconhece: "Tudo o que aconteceu no Leste Europeu nesses últimos anos teria sido impossível sem a presença deste papa".
     Talvez seja assim também com relação ao que acontece com as religiões cristãs no nosso continente. Tad Szulc, com cautela, alerta para a penetração, na América Latina, dos evangélicos e pentecostais, que o próprio Vaticano chama de "seitas arrebatadoras". A participação comunitária e o autogoverno religioso que existia nas CEBs motivavam mais a população. Talvez seja. Acrescentando-se a isso o lado litúrgico dos evangélicos que satisfaz o desejo dos fiéis de serem atores no drama místico, não tanto espectadores, tem-se uma tese.
     O perfil desenhado por Szulc é o de um político profundamente religioso. Um homem que reza sete horas por dia, com os olhos firmemente fechados, devoto de Nossa Senhora de Fátima e do mártir polonês São Estanislau e que acredita no martírio e na dor pessoais para alcançar a graça.

 Um gramático contra a gramática
Gilberto Scarton
     Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.
     Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática lingüística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português".
     O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação lingüística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e lingüística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos lingüistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.
     Essa fundamentação lingüística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.
     Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

PARA FAZER UM RESUMO




    RESUMIR um texto significa condensá-lo à sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos (Platão e Fiorin, 1995)
·         as partes essenciais do texto;
·         a progressão em que elas aparecem no texto;
·         a correlação entre cada uma das partes

O BOM REAUMO DEVE SER:
Ø  Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários
Ø  Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto
Ø  Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas.
Ø  O texto do resumo deve ser compreensível.

PRIMEIRO É PRECISO compreender o textO
·         Identificar as ideias principais as que são  indispensáveis – essenciais – à compreensão do enunciado
·         Identificar as ideias acessórias, isto é, as  dispensáveis – periféricas – à compreensão do enunciado.
·         Identificar as ideias centrais, ou seja, resumir, sintetizar,  as ideias principais

PROCEDIMENTOS
·         1 – Enumere sucessivamente todos os parágrafos, independentemente de títulos e subtítulos do texto (1, 2, 3, 4, 5...).
·         2 – Extraia de cada parágrafo:
o    as ideias principais
o    as ideias acessórias
·         Descarte as ideias acessórias
·         Agrupe as ideias centrais, retirando-as da apresentação em tópicos, e transforme-as num texto único, de sentido completo. Este texto, formado com as ideias centrais (do autor do texto), é o Resumo informativo ou analítico.

TÉCNICAS para resumir
Ø  Apagamento
Ø   Generalização 
Ø   Construção
Ø  O  APAGAMENTO consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias.  Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles.
EX.: TEXTO ORIGINAL:   
                                        O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
    TEXTO  RESUMIDO: O jardineiro trabalhava bem

GENERALIZAÇÃO é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado.
EX.:Texto original:
                                    Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço.
Texto resumido:      Pedro comeu carne no almoço

CONSTRUÇÃO  Consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado.
   EX.:  Texto original:
Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno

 Texto resumido: Maria fez um bolo

RESUMO ACADÊMICO
       É um texto que explicita de forma clara uma compreensão global do texto lido;
       Deve ser um texto autônomo, que recupera de forma concisa, o conteúdo  do texto lido;
       Espécie de equivalência informativa que conserva ou não a organização do  texto original.

REFERÊNCIAS
MACHADO, Anna Rachel (coord.), LOUSADA, Eliane e ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resumos. S. Paulo: Parábola, 2004