sábado, 21 de setembro de 2013

PONTUAÇÃO

Este material teve como fonte o site http://www.brasilescola.com/redacao/pontuacao.htm, acessado em 21/9/ 2013

Para que servem os sinais de pontuação?
No geral, para representar pausas na fala, ou entonações, além dessas funções,  os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.
1. Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.
b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!
c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.
d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:
 Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.
 
2. Pontos
2.1Ponto-final (.)
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:
a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.
E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.
 

2.2 - Ponto de Interrogação (?)

O ponto de interrogação é usado para:
a) Formular perguntas diretas:   
Você quer ir conosco ao cinema?
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada situação (geralmente associado ao ponto de exclamação):
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
 Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias:
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:
Iremos viajar! (entusiasmo)
Foi ele o vencedor! (surpresa)
Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
Que horror! Não esperava tal atitude.  (espanto) 
Seja rápido! (ordem)

b) Depois de vocativos e algumas interjeições:
Ui! que susto você me deu. (interjeição)
Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
c) Nas frases que exprimem desejo:
Oh, Deus, ajude-me! 

Observações dignas de nota:
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe:
Que que eu posso fazer agora?!

* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo
É usado para:
a) separar itens enumerados:
A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
4. Dois-pontos (:)
É usado quando:
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Ele respondeu: não, muito obrigado!
b) se quer indicar uma enumeração:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora.
5. Aspas (“”)
São usadas para indicar:
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
6. Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava falando:
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
7. Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de vírgulas).
8. Travessão (–)
O travessão é indicado para:
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
- Quais ideias você tem para revelar?
- Não sei se serão bem-vindas.
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.
b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses:   
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada. 
Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu melhor amigo.


PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS


Os principais processos de formação são:

Derivação 
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

Derivação Prefixal
Processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente. 

Derivação Sufixal
É um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.
Ex.: realmente, folhagem. 

Derivação Prefixal e Sufixal
Existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado. 
Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Existem as palavras, desleal e lealmente. 

Derivação Parassintética
Ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar.
Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar. 

Derivação Regressiva
A derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.
Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português). 

Derivação Imprópria
A derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

Exemplos: coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio
       Daniel Coelho  da Silva. 
verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde
é usado como substantivo: O verde do parque comoveu a todos.

Composição por justaposição - Não há alteração fonética em nenhum dos elementos formadores.
Ex.:Amor + perfeito = Amor-perfeito;  Gira + Sol = Girassol

As palavras formados por justaposição não são obrigatoriamente formadas por hífen.
Composição por aglutinação - Altera-se foneticamente ao menos um dos elementos formadores.
Ex.: Plano + alto = planalto; água + ardente = aguardente.