domingo, 3 de março de 2013

A GENTE LÊ POR PRAZER:

  Pra dar um pouco de cor e perfume a esse blog  aí vão alguns poemas de um paranaense dos bons:
Paulo Leminski.
 Aliás é bom que se diga que a escolha deste poeta foi de um colega de vocês.
Breve biografia:
Paulo Leminski nasceu aos 24 de agosto de 1944 na cidade de Curitiba, Paraná. Em 1964, já em São Paulo, SP, publica poemas na revista "Invenção", porta voz da poesia concreta paulista. Casa-se, em 1968, com a poeta Alice Ruiz. [...] De 1970 a 1989, em Curitiba, trabalha como redator de publicidade. Compositor, tem suas canções gravadas por Caetano Veloso e pelo conjunto "A Cor do Som". [...]  No dia 07 de junho de 1989 o poeta falece em sua cidade natal. 

Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou em 1983 uma biografia de Bashô. Sua obra tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Seu livro "Metamorfose" foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Em 2001, um de seus poemas ("Sintonia para pressa e presságio") foi selecionado por Ítalo Moriconi e incluído no livro "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século", Editora Objetiva — Rio de Janeir
                                                                                    fonte: http://www.releituras.com/pleminski



vendavaldasletras.wordpress.com




Não discuto

não discuto 
com o destino 
o que pintar 
eu assino 


Ali
  
ali
ali
se se alice
ali se visse
quanto alice viu
e não disse se ali 
ali se dissesse
quanta palavra 
veio e não desce ali
bem ali
dentro da alice
só alice
com alice
ali se parece.



nunca cometo o mesmo erro duas veze
 já cometo duas
 três
quatro
cinco
seis
até esse erro aprender que só o erro tem vez.



Uma poesia ártica,
claro, é isso que eu desejo.
Uma prática pálida,
três versos de gelo.
Uma frase-superfície
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não, Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxame de monólogos?)
Sim, inverno, estamos vivos.

Acordei Bemol

Acordei bemol
tudo estava sustenido sol fazia
só não fazia sentido.


Fonte: 
pauloleminskipoemas.blogspot.com/


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