domingo, 4 de março de 2012

FIGURAS DE LINGUAGEM (4)

Figuras de linguagem são certos recursos não convencionais que o falante ou escritor cria para dar maior expressividade à sua mensagem


COMPARAÇÃO


Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma determinada semelhança.

Exemplo:

O meu coração está igual a um céu cinzento.

O carro dele é rápido como um avião.

METÁFORA


É o emprego de uma palavra com o significado de outra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É uma comparação subentendida.

Exemplo:

Minha boca é um tumulo.

Essa rua é um verdadeiro deserto.


PROSOPOPÉIA


É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.

Exemplo:

O céu está mostrando sua face mais bela.

O cão mostrou grande sisudez.

METONÍMIA


É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:

- O autor pela obra.

Exemplo:

Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)

- o continente pelo conteúdo.

Exemplo:

O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo os torcedores)

- a parte pelo todo.

Exemplo:

Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto substitui casa)

- o efeito pela causa.

Exemplo:

Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui o trabalho)


ANTÍTESE    (do Grego, antíhesis = anti, contra / thésis, afirmação) designando oposição, contraste. Antítese é uma figura de pensamento que consiste na aproximação de dois pensamentos de sentido antagônicos, contrários. Este recurso expressivo veio a ter extraordinário desenvolvimento no Barroco; foi apreciado por poetas e prosadores, em particular, por Gregório de Mattos:

- Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, (antítese: nascer / morrer)
- Depois da Luz se segue a noite escura,
- Em tristes sombras morre a formosura, (antítese: feio / belo)
- Em contínuas tristezas a alegria. (...) (A Instabilidade das Cousas do Mundo)
A antítese realça, dá ênfase a dualidade de sentimentos do poeta. Por isso eles a empregam com frequência.    (in  www.ricardosergio.net e http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1191690)


PARADOXO (do Grego, parádoksos = estranho, extraordinário)
Paradoxo é a reunião de idéias contraditórias e aparentemente inconciliáveis, num só pensamento, o que nos leva a expressar uma verdade com aparência de mentira. Quando falamos, por exemplo:
- Eles são ricos pobres.
Tanto "rico" quanto "pobre" são adjetivos que se referem ao sujeito [eles]. Os dois adjetivos pertencem a uma mesma unidade da frase, ambos qualificam um mesmo ser. Mas estes dois adjetivos têm sentidos opostos
Antítese: Eu sou velho, você é moço. 
Paradoxo: Eu sou um velho moço
                                                                                         
   (in  www.ricardosergio.net e http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1191690)




EUFEMISMO


Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis.

Exemplo:

Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu = morrer)

Os homens públicos envergonham o povo. (homens públicos = políticos)

HIPÉRBOLE


É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais expressiva a idéia.

Exemplo:

Ela chorou rios de lágrimas.

Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.

IRONIA


Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário do que pensamos.

Exemplo:

Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.

Se você gritar mais alto, eu agradeço.

ONOMATOPÉIA


Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos seres.

Exemplo:
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.

Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.

PLEONASMO


Consiste na intensificação de um termo através da sua repetição, reforçando seu significado.

Exemplo:

Nós cantamos um canto glorioso.

POLISSÍNDETO


É a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre os termos da oração.

Exemplo:

Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.

ASSÍNDETO


Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações.
Exemplo:

Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.


Fonte: www.juliobattisti.com.br










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