MUDANÇAS
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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Se tudo muda, que dirá a língua, essa entidade viva que recebe influências de todos os lados (grupos de falantes, filólogos, outras línguas).
E antes que vocês perguntem (e cobrem)
COM VOCÊS
AS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS
DA Língua Portuguesa) !
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O alfabeto passa a ter 26 letras.
Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade
não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas
em várias situações.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨),
sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos
grupos gue, gui, que, qui.
Ex.: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta,
delinquente, eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, linguiça,
quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo.
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras
estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Regras de acentuação
1. Não se usa acento dos
ditongos abertos ei e oi das palavras
paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Ex.: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio
(verbo apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia,
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), geleia, heroico,
ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoico, plateia tramoia.
Atenção: essa regra é válida somente para palavras
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas
em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se
usa acento no i e no u tônicos quando
vierem depois de um ditongo.
Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura.
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou
o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento é necessário .
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Palavras terminadas em eem e oo(s).
Ex.: abençoo creem (verbo crer), deem (verbo dar),
doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo magoar), perdoo (verbo
perdoar), povoo (verbo povoar), veem (verbo ver), voos, zoo.
4. Não se usa acento para diferenciar os pares homófonos
para (v. parar)/para (preposição), pela(s)(v. pelar)/ pela(s) (preposição por+a), pelo(s) (cabelo)/pelo(s) (por + o), polo(s) (sul e norte)/polo(s) (esporte, modelo de camisa) pera(fruta)/pera (per + a , fora de moda, arcaico).
Ex.: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele
gosta de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.
Atenção: Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair
mais cedo, mas hoje ele pode.
Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante
que foi feita por mim.
Permanecem os acentos que diferenciam
o singular do plural dos verbos ter e vir, assim
como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir
etc.).
Ex.: Singular:
Ele tem dois carros. / Eles
têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a
palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes.
Plural:
Eles convêm aos
estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as
aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
É facultativo o uso do acento
circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns
casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
Ex.: Qual é a
forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa acento agudo no u tônico
das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo
dos verbos arguir eredarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos
verbos terminados em guar, quar e quir,
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir, etc.
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos,
essas formas devem ser acentuadas.
Ex.:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico,
essas formas deixam de ser acentuadas.
Ex.: (a vogal sublinhada é
tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo
enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas,
delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso
do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram
alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida
em muitos aspectos.
1. Com prefixos, usa-se sempre o
hífen diante de palavra iniciada por h.
Ex.: anti-higiênico,
anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história,
sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde
o h).
2. Não se usa o hífen quando o
prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo
elemento.
Ex.: aeroespacial,
agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem,
autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar,
infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico,
semiopaco.
Exceção: o prefixo co aglutina-se
em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:
coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante
etc.
3. Não se usa o hífen quando o
prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Ex.: anteprojeto,
antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica,
microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante
etc.
Ex.: antirrábico, antirracismo,
antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso,
cosseno, infrassom, microssistema, minissaia, multissecular, neorrealismo,
neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, Ultrassom.
5. Quando o prefixo termina por
vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos: anti-ibérico,
anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-observação,
contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque micro-ondas micro-ônibus
semi-internato, semi-interno.
6. Quando o prefixo termina por
consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Ex.: hiper-requintado,
inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista,
super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
Atenção: Nos demais casos não se usa o hífen.
Ex.:hipermercado,
intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com o prefixo sub, usa-se
o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região,
sub-raça etc.
Com os prefixos circum e pan,
usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e
vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por
consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Ex.: hiperacidez, hiperativo,
interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo,
superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante,
superotimismo.
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró,
usa-se sempre o hífen.
Ex.: além-mar, além-túmulo,
aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente,
pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, pró-reitor, recém-casado,
recém-nascido, sem-teto.
9. Deve-se usar o hífen com os
sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Ex.: amoré-guaçu, anajá-mirim,
capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar
duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Ex.: ponte Rio-Niterói, rodovia Mogi-Bertioga, .
11. Não se deve usar o hífen em
certas palavras que perderam a noção de composição.
Ex.: girassol, madressilva,
mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.
12. Para clareza gráfica, se no final
da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o
hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Ex.: Na cidade, conta-
-se que ele
foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos no auditório.
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