Queridos,
Atendendo
a pedidos e reconhecendo que escolher uma obra para ler pode ser difícil,
selecionei na internet (e copiei, às vezes com pequenas adaptações) resenhas
das obras sugeridas. Escolham e comecem alegremente as leituras.
Carinho,
profª. Ana
TIL, de José de Alencar
Fonte: http://www.skoob.com.br/livro/resenhas/17790/mais-gostaram/
Escrita por Sabrina
Coutinho e publicada em 03/03/2012
O livro é dividido em duas partes. A primeira serve como apresentação das personagens e das tramas, pode ser um pouco cansativa e é ideal que seja lida com atenção e calma. Conhecemos Berta, a protagonista e ótima representação de heroína romântica. Porém, o que chama mais atenção na menina não é sua beleza (como em Iracema), mas sim sua caridade, seus valores e sua dedicação para com os excluídos. Muitas vezes Berta esforça-se mais em nome de interesses alheios do que de seus próprios, mas isso não faz dela uma figura ingênua ou boba, muito pelo contrário. Nessa primeira metade da obra a contrariedade do comportamento de Til (apelido da menina) é o que mais chama atenção, ela usa de sua influência e bondade para manipular atitudes alheias, mas sempre movida por boas intenções. Isso fica bem ilustrado no trecho: “Contradição viva, seu gênio é o ser e o não ser”.
A segunda metade é constituída de revelações e desembaraços das tramas apresentadas. Achei mais dinâmica que a primeira, pois a essa altura já estava acostumada com os neologismos e palavras regionais, a maioria pode ser entendida pelo contexto, mas é interessante pesquisar o significado de algumas expressões. Os cenários e edifícios deixam de ter descrição puramente material para adquirir significado subjetivo, relacionado ao passado oculto que envolve muitas das personagens. O desfecho surpreende, percebemos o quanto Berta abre mão de sua felicidade, acompanhamos suas descobertas a respeito da misteriosa morte de sua mãe e suas consequências. O temido capanga Jão, o garoto parvo de nome Brás e a escrava doida Zana, representam as figuras excluídas e inválidas que veem na bondade de Til uma esperança. [...]
O livro é dividido em duas partes. A primeira serve como apresentação das personagens e das tramas, pode ser um pouco cansativa e é ideal que seja lida com atenção e calma. Conhecemos Berta, a protagonista e ótima representação de heroína romântica. Porém, o que chama mais atenção na menina não é sua beleza (como em Iracema), mas sim sua caridade, seus valores e sua dedicação para com os excluídos. Muitas vezes Berta esforça-se mais em nome de interesses alheios do que de seus próprios, mas isso não faz dela uma figura ingênua ou boba, muito pelo contrário. Nessa primeira metade da obra a contrariedade do comportamento de Til (apelido da menina) é o que mais chama atenção, ela usa de sua influência e bondade para manipular atitudes alheias, mas sempre movida por boas intenções. Isso fica bem ilustrado no trecho: “Contradição viva, seu gênio é o ser e o não ser”.
A segunda metade é constituída de revelações e desembaraços das tramas apresentadas. Achei mais dinâmica que a primeira, pois a essa altura já estava acostumada com os neologismos e palavras regionais, a maioria pode ser entendida pelo contexto, mas é interessante pesquisar o significado de algumas expressões. Os cenários e edifícios deixam de ter descrição puramente material para adquirir significado subjetivo, relacionado ao passado oculto que envolve muitas das personagens. O desfecho surpreende, percebemos o quanto Berta abre mão de sua felicidade, acompanhamos suas descobertas a respeito da misteriosa morte de sua mãe e suas consequências. O temido capanga Jão, o garoto parvo de nome Brás e a escrava doida Zana, representam as figuras excluídas e inválidas que veem na bondade de Til uma esperança. [...]
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/blog/diadeclassico/?id=1075888 Rogerio Waldrigues Galindo, 09/12/2010
[...] A história de Moby Dick é a
de um capitão, um grande caçador de baleias, que sai numa viagem longuíssima,
tremendamente arriscada, para matar a baleia que decepou sua perna.
É uma baleia branca, deformada, conhecida por todos os navios baleeiros,
um cachalote gigante e furioso que já matou dezenas de marinheiros por muitos
anos.
A discussão que sempre fica para quem
lê o livro é se a baleia tem um "significado". Se Hermann Melville
quis fazer uma metáfora sobre algo. A baleia seria "o mal", por
exemplo. Ou seria qualquer outra coisa, dependendo de quem lê e do que queira
entender.
E essa, na verdade, é uma das forças do livro: é quase como uma lenda
que cada um entende como quer. Para mim, por exemplo, é a história da obsessão
de um homem e de como a vontade de vingança pode destruir a vida de alguém.
Mas o livro é mais do que a história principal. É uma história da caça
às baleias. É uma história de como vivem os marinheiros. É um tratado sobre a
vida das baleias. É um poema sobre o mar. E, principalmente, é um livro sobre
gente: do que nós somos feitos e o que nós queremos desse mundo.
Noite na
taverna, de Álvares de Azevedo
De publicação póstuma, esse livro é
uma série de narrativas fantásticas, contadas por um grupo de amigos à roda de
uma mesa de taverna. Mais do que pelos elementos romanescos e satânicos que a
condimentam (violentação, corrupção, incesto, adultério, necrofilia, traição,
antropofagia, assassinatos por vingança ou amor), a obra impõe-se pela
estrutura: um narrador em terceira pessoa introduz o cenário, as personagens, a
situação, e praticamente desaparece, dando lugar a outros narradores - as
próprias personagens, que em primeira pessoa contam, uma a uma, episódios de
suas vidas aventureiras.
Na última narrativa, a presença física
(na roda dos moços) de personagens mencionadas em uma narrativa anterior faz
com que todo o ambiente fantástico e irreal dos contos se legitime como verídico.
Noite na
Taverna, escrita em tom bastante emotivo, antecipa em vários aspectos a
narração da prosa moderna: a liberdade cênica, a dupla narração e suas
confluências, a mistura do real ao fantástico conferem atualidade à obra,
apesar de toda a atmosfera byroniana.
Eurico, o
Presbítero, de Alexandre Herculano
Fonte: adaptado de http://www.infopedia.pt/$eurico-o-presbitero,2
Romance histórico da autoria de Alexandre Herculano de que foram publicados alguns fragmentos nas revistas O Panorama e Revista Universal Lisbonense, editado em volume em 1844.
Tomando como cenário a época de dissoluçãomoral e política do fim da monarquia visigótica na Península Ibérica, o autor aborda o problema ético-religioso
do celibato, através da personagem
central de Eurico, antigo gardingo [Homem nobre que exercia altos cargos na corte dos príncipes
visigodos (bárbaros que chegaram à península Ibérica por volta do fim do
Império Romano)] tornado presbítero de Carteia por causa do amor
impossível por Hermengarda, a nobre irmã de Pelágio [rei que de fato existiu e reinou na
Península Ibérica por volta do século 8º (730 dC)] autor de hinos inspirados por Deus e pela Pátria. Quando a sua
pátria sua religião se veem ameaçadas, Eurico repõe as vestes de guerreiro e transforma-se
no Cavaleiro Negro, combatendo heroicamente os árabes. [...]
Na figura
extraordinária do protagonista, na expressão do pessimismo social, na exaltação
patriótica, no ascetismo profético, a obra espelha bem o
olhar romântico peculiar de seu autor.
[...] uma obra única do romantismo português.
Senhora, de José de Alencar
Gente, o texto a seguir eu copiei todinho
do blog: http://lollipopfantasy.blogspot.com.br/2009/06/dica-de-livro-senhora-de-jose-de.html.
Achei a linguagem bacana e o texto então...!
Ah
e também serve como exemplo do gênero resenha.
A gente lê muito e fala bastante sobre livros de autoras estrangeiras
(americanas e inglesas, principalmente). Daí que eu resolvi pegar esse livro
com meu pai e dar uma chance a este romance brasileiro, bem antigo.
Senhora foi escrito por José de Alencar e publicada no Rio de Janeiro do Brasil Imperial, em 1875.
Conta a história de Aurélia Camargo, bela órfã pobre que recebe uma herança e torna-se a moça mais cobiçada da corte brasileira. A fortuna e a fama de Aurélia transformam-se na arma que ela precisava para vingar-se de seu único amor, o ‘dandy’ Fernando Rodrigues de Seixas (eu curti esse nome, bem de galã, né?).
No Wikipedia, encontrei o seguinte sobre o livro: No livro o autor faz uma crítica à decadência de valores do Segundo Império. Através do romance entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, ele leva o leitor a refletir a respeito da influência do dinheiro nas relações amorosas e principalmente, sua influência nos casamentos da época. O romance divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma transação comercial: O Preço, Quitação, Posse e Resgate.
A princípio, pode parecer apenas um romance bobinho, mas a construção da personalidade, caráter e a evolução pessoal tanto de Aurélia, como de Fernando, são surpreendentes. Observem a divisão dos capítulos, onde o autor já mostra um pouco do sarcasmo, ironia e crítica presentes em todo o livro.
Não vou dizer que a linguagem é fácil, muitos adjetivos e palavras que não usamos há tempos complicam a leitura do livro, mas a narrativa é deliciosa e o fato de ser contada em 3ª pessoa amplia a possibilidade de conhecer tanto o "lado" de Aurélia, quanto o de Nando (gamei nele! ^.^v).
Comecei a ler o livro neste domingo e já estou viciada! Leio só antes de dormir, e algumas páginas na maior pena de acabar logo e ao mesmo tempo louca para saber o que é que vai acontecer, hehehe... normal, né? Tem hora que dá uma raiva absurda do Fernando, depois dá pena. Do mesmo jeito acontece com Aurélia. Juro que pensei um monte de nome feio para ela em um momento lá, mas depois morri de dó. Acho que isso também faz um bom livro, torcer de verdade e "virar a casaca" em algumas páginas, para daí a pouco voltar para o lado de quem você estava antes.
Senhora é o terceiro dos livros que fazem a trilogia chamada pelo próprio autor "Perfis de Mulheres". Os outros dois são Lucíola e Diva. Lembrei-me que essa trilogia foi transformada em novela (com algumas alterações) pela Rede Record, chamada "Essas Mulheres", em 2005/2006. Lembro também que assistia à novela e adorava a história de Aurélia e Fernando (as outras duas histórias não me cativaram muito). No papel de Aurélia estava a Christine Fernandes (muito linda ela, gente!), enquanto Fernando era representado pelo Gabriel Braga Nunes (ficou bem gato ele).
Indico para quem, como eu, é fã de Jane Austen (que é de 1815, mais ou menos) e de boas histórias com bons personagens. Livros de época escrito na época são os melhores, hehehe... já li muuuitos livros de época de escritoras americanas/inglesas atuais e nem se comparam. Gosto principalmente dos chamados "Regência", já que se passam em Londres/Inglaterra. Mas o livro do José de Alencar superou minhas expectativas até agora. Ainda falta metade do livro, vamos ver o que é que rola!
Senhora foi escrito por José de Alencar e publicada no Rio de Janeiro do Brasil Imperial, em 1875.
Conta a história de Aurélia Camargo, bela órfã pobre que recebe uma herança e torna-se a moça mais cobiçada da corte brasileira. A fortuna e a fama de Aurélia transformam-se na arma que ela precisava para vingar-se de seu único amor, o ‘dandy’ Fernando Rodrigues de Seixas (eu curti esse nome, bem de galã, né?).
No Wikipedia, encontrei o seguinte sobre o livro: No livro o autor faz uma crítica à decadência de valores do Segundo Império. Através do romance entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, ele leva o leitor a refletir a respeito da influência do dinheiro nas relações amorosas e principalmente, sua influência nos casamentos da época. O romance divide-se em quatro partes, que correspondem às etapas de uma transação comercial: O Preço, Quitação, Posse e Resgate.
A princípio, pode parecer apenas um romance bobinho, mas a construção da personalidade, caráter e a evolução pessoal tanto de Aurélia, como de Fernando, são surpreendentes. Observem a divisão dos capítulos, onde o autor já mostra um pouco do sarcasmo, ironia e crítica presentes em todo o livro.
Não vou dizer que a linguagem é fácil, muitos adjetivos e palavras que não usamos há tempos complicam a leitura do livro, mas a narrativa é deliciosa e o fato de ser contada em 3ª pessoa amplia a possibilidade de conhecer tanto o "lado" de Aurélia, quanto o de Nando (gamei nele! ^.^v).
Comecei a ler o livro neste domingo e já estou viciada! Leio só antes de dormir, e algumas páginas na maior pena de acabar logo e ao mesmo tempo louca para saber o que é que vai acontecer, hehehe... normal, né? Tem hora que dá uma raiva absurda do Fernando, depois dá pena. Do mesmo jeito acontece com Aurélia. Juro que pensei um monte de nome feio para ela em um momento lá, mas depois morri de dó. Acho que isso também faz um bom livro, torcer de verdade e "virar a casaca" em algumas páginas, para daí a pouco voltar para o lado de quem você estava antes.
Senhora é o terceiro dos livros que fazem a trilogia chamada pelo próprio autor "Perfis de Mulheres". Os outros dois são Lucíola e Diva. Lembrei-me que essa trilogia foi transformada em novela (com algumas alterações) pela Rede Record, chamada "Essas Mulheres", em 2005/2006. Lembro também que assistia à novela e adorava a história de Aurélia e Fernando (as outras duas histórias não me cativaram muito). No papel de Aurélia estava a Christine Fernandes (muito linda ela, gente!), enquanto Fernando era representado pelo Gabriel Braga Nunes (ficou bem gato ele).
Indico para quem, como eu, é fã de Jane Austen (que é de 1815, mais ou menos) e de boas histórias com bons personagens. Livros de época escrito na época são os melhores, hehehe... já li muuuitos livros de época de escritoras americanas/inglesas atuais e nem se comparam. Gosto principalmente dos chamados "Regência", já que se passam em Londres/Inglaterra. Mas o livro do José de Alencar superou minhas expectativas até agora. Ainda falta metade do livro, vamos ver o que é que rola!
Navio
Negreiro, Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871)
Fontes: http://literatura-edir.blogspot.com.br/2009/03/analise-do-poema-navio-negreiro.html
Fontes: http://literatura-edir.blogspot.com.br/2009/03/analise-do-poema-navio-negreiro.html
·
O Poeta dos
Escravos é considerado a principal expressão condoreira da poesia brasileira.
Sua obra rompe com a idealização amorosa e com o ufanismo e aponta para
tendências realistas. Baiano, Castro Alves estudou Direito em Recife e em São
Paulo. Participou da campanha abolicionista e de escândalos amorosos. Foi muito
aclamado e reconhecido, sendo elogiado inclusive pelos ácidos José de Alencar e
Machado de Assis. [...] A poesia social de Castro Alves trata da
opressão do povo brasileiro, e tem como tema fundamental a escravidão..
·
Em “O Navio Negreiro”, Castro Alves _ O poeta
dos escravos, expõe toda revolta frente aos donos de fazendas que importavam os
negros da África. Vinham apertados em porões imundos de navios, onde muitos
morriam de fome e de doença. Eram chicoteados pelos marinheiros,
viajavam presos em portões fundos, infectos, apertados e imundos. Os mortos
eram lançados ao mar.
·
O poema denuncia a miséria
que viviam os escravos trazidos da África, mesmo após a
proibição da Lei que proibia o tráfico de escravos.
O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas
texto original está em: http://static.publico.pt/sites/coleccaojuvenil/livros/08.montecristo/index.htm
texto original está em: http://static.publico.pt/sites/coleccaojuvenil/livros/08.montecristo/index.htm
Como um homem que foi
preso injustamente por quase quinze anos pode vingar-se os seus traidores? De
várias e cruéis maneiras. Em "O Conde de Monte-Cristo", de Alexandre
Dumas (1802-1870), encontramos algumas sugestões.
Edmond Dantès é traído pelo
seu melhor amigo Fernand Mondego e injustamente preso. Vítima e vingador, é um
homem bom a quem roubam a liberdade e o amor.
Diz-se que a vingança é um prato que se serve frio. Ou mesmo gelado, como no caso de Edmond Dantès, o herói do romance "O Conde de Monte Cristo", do escritor francês Alexandre Dumas (1802-1870). Após cerca de quinze anos de cárcere injusto, o marinheiro Dantès consegue fugir do quase intransponível Castelo de If, uma prisão edificada num rochedo a dois quilómetros da costa de Marselha. Uma vez livre, o jovem parte em busca de um magnífico tesouro - cuja localização lhe foi adiantada pelo abade Faria, seu companheiro de masmorra - e, depois, de uma terrível e calculada vingança contra os seus inimigos.
Diz-se que a vingança é um prato que se serve frio. Ou mesmo gelado, como no caso de Edmond Dantès, o herói do romance "O Conde de Monte Cristo", do escritor francês Alexandre Dumas (1802-1870). Após cerca de quinze anos de cárcere injusto, o marinheiro Dantès consegue fugir do quase intransponível Castelo de If, uma prisão edificada num rochedo a dois quilómetros da costa de Marselha. Uma vez livre, o jovem parte em busca de um magnífico tesouro - cuja localização lhe foi adiantada pelo abade Faria, seu companheiro de masmorra - e, depois, de uma terrível e calculada vingança contra os seus inimigos.
Um romance histórico? Um
livro de aventuras? Uma história universal sobre a vingança? Um texto com
traços biográficos? Uma parábola sobre a emancipação dos oprimidos? "O
Conde de Monte-Cristo" [...] admite muitas definições. Ao longo desta obra
escrita em 1845, [...] há espaço para tudo isso e muito mais.
O Guarani, de José de Alencar
A formação do povo brasileiro, A epopeia da formação da
nacionalidade
Escrito originalmente em folhetim, entre fevereiro e abril de 1857, com 54 capítulos, O Guarani teve tal êxito na edição folhetinesca que, antes do fim do ano de 1857, foi publicado em livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em jornal.
Mantiveram-se as quatro parte originais: Os Aventureiros, Peri, Os Aimorés e A Catástrofe, com os capítulos dispostos como saíram do folhetim.
Escrito originalmente em folhetim, entre fevereiro e abril de 1857, com 54 capítulos, O Guarani teve tal êxito na edição folhetinesca que, antes do fim do ano de 1857, foi publicado em livro, com alterações mínimas em relação ao que fora publicado em jornal.
Mantiveram-se as quatro parte originais: Os Aventureiros, Peri, Os Aimorés e A Catástrofe, com os capítulos dispostos como saíram do folhetim.
É um exemplo perfeito do
movimento romântico brasileiro, e é leitura obrigatória nos cursos de
literatura nacional. Foi publicado incialmente na forma de folhetim, no jornal
Correio Mercantil, durante o ano de 1857. Hoje, podemos encontrar diversas
publicações e adaptações para a televisão. Foi o livro responsável por dar notoriedade
a José de Alencar.
O Guarani é um romance escrito por
José de Alencar que trata, principalmente, do amor entre uma descendente
de portugueses e um índio brasileiro.
Na época de seu lançamento, "O
Guarani" obteve muito sucesso de público e crítica. Os leitores de então
já estavam acostumados com a leitura de folhetins, mas o formato “romance”
ainda não estava bem desenvolvido no Brasil. Com o lançamento [da obra], esse
novo gênero literário ganhou força e passou a ser produzido com maior
frequência e qualidade pelos escritores brasileiros; [e] por conta disso, é
considerado o primeiro grande romance brasileiro.
"O Guarani" também pode ser
considerado um romance histórico, uma vez que diversas personagens são
inspiradas em pessoas reais. Além disso, têm-se também uma caracterização do
Brasil da época como sendo um espelho da Europa medieval. Um exemplo
significante é o de D. Antônio de Mariz, cuja fortaleza é descrita como sendo
uma mistura da arquitetura colonial brasileira com a de um castelo medieval.
Além disso, a relação dele com a de seus empregados é igual a que um senhor
feudal tem com seus vassalos.
Amor de perdição, Camilo Castelo Branco
Camilo Castelo Branco conquistou fama com a
novela passional Amor de Perdição. Bem ao gosto romântico, a
característica principal da novela passional é o seu tom trágico. As
personagens estão sempre em luta contra terríveis obstáculos para alcançar a
felicidade no amor. Normalmente, essa busca é frustrante. Mesmo quando os
amantes ficam juntos, isso é conseguido a custa de muito sofrimento. Os
direitos do coração, frequentemente, vão de encontro aos valores sociais e
morais. Segundo o autor, Amor de Perdição foi escrito durante
15 dias, em 1861, quando ele estava preso na cadeia da Relação, na cidade do
Porto, por ter-se envolvido em questões de adultério.
Vale a pena ler!
A história se passa em Viseu, no século
XIX. Lá, as duas famílias, os Albuquerques e os Botelhos, tornam-se inimigos
por conta de um litígio em que o corregedor Domingos Botelho deu ganho de causa
contrário aos interesses dos Albuquerques. Simão é um dos cinco filhos do
corregedor e apaixona-se por Teresa, filha do inimigo de seu pai.
A partir daí, Simão, que começa a história como um jovem explosivo, encrenqueiro e que chegou até a ser preso torna-se um herói, com nobres atitudes e temperamento perfeito, tudo por causa do amor que sente por Teresa.
O drama começa quando as famílias descobrem o namoro. Aí entram em cena o sofrimento, as correspondências, a obrigação de Teresa casar-se com um pretendente ou ir para um convento e até uma apaixonada por Simão que, de tanto amor que sente, prefere ajuda-lo a ficar com Teresa do que vê-lo infeliz.
Não vou contar detalhes da história, mas o nome já diz que o amor, pelo menos no livro, leva somente à perdição de todos que o sentem. É drama da maior categoria, exagerado ao extremo, carregado de dor e desespero. Mas, eu adorei! Adorei me transportar para aquela época e lembro que, quando comecei a ler, não consegui desgrudar do livro até chegar à última página. Extraído de texto original de Carla Martins, publicado em 02/01/2013
A partir daí, Simão, que começa a história como um jovem explosivo, encrenqueiro e que chegou até a ser preso torna-se um herói, com nobres atitudes e temperamento perfeito, tudo por causa do amor que sente por Teresa.
O drama começa quando as famílias descobrem o namoro. Aí entram em cena o sofrimento, as correspondências, a obrigação de Teresa casar-se com um pretendente ou ir para um convento e até uma apaixonada por Simão que, de tanto amor que sente, prefere ajuda-lo a ficar com Teresa do que vê-lo infeliz.
Não vou contar detalhes da história, mas o nome já diz que o amor, pelo menos no livro, leva somente à perdição de todos que o sentem. É drama da maior categoria, exagerado ao extremo, carregado de dor e desespero. Mas, eu adorei! Adorei me transportar para aquela época e lembro que, quando comecei a ler, não consegui desgrudar do livro até chegar à última página. Extraído de texto original de Carla Martins, publicado em 02/01/2013